terça-feira, 23 de novembro de 2010

MENSAGEM PARA REUNIÃO DE PAIS





ENSINANDO INTEGRIDADE
Tania Zagury

Contou-me uma amiga que, outro dia, seu filho chegou em casa exultante... Afinal, não é sempre que se tira "dez" em Física... Ela percebeu, no entanto, que o professor havia se enganado na correção. Qual não foi sua surpresa quando ele lhe disse que não poderia, de forma alguma, apresentar o erro para revisão, porque "ninguém devolve nota"... Foi preciso muita paciência para convencê-lo. Tinha medo das "gozações" dos colegas.
Às vezes um fato corriqueiro nos faz perceber quantos difíceis dilemas as crianças terão que resolver, até que se tornem adultos íntegros.
Não faz muito tempo, ser "um bom menino" significava, como dizia o palhaço Carequinha, não fazer pipi na cama nem fazer má-criação, concluir o trabalho de casa com capricho, deixar o quarto mais ou menos arrumado, não falar palavrão, dirigir-se respeitosamente aos mais velhos; tarefas, enfim, razoavelmente simples de serem aprendidas. Isso porque valores como honestidade e integridade não estavam ainda em discussão.
Ser "um bom menino" hoje significa não apenas saber o que é certo ou errado, mas também conseguir se opor a atitudes que contrariam os princípios norteadores da sociedade – o que não é nada fácil nem para adultos, quanto mais para crianças e jovens.
Opor-se ao grupo e fazer escolhas adequadas demandam forte grau de segurança. Mais ainda: significam que nossos filhos têm que estar certos, em primeiro lugar, de que solidariedade, justiça e honestidade, por exemplo, não estão "fora de moda". Precisam, acima de tudo, acreditar que, mesmo quando parte dos homens não respeita esses princípios, não há a mínima condição de vivermos com segurança sem eles.
Como convencê-los, no entanto, se a TV, as novelas, as atitudes de muitos adultos, os jornais, alguns programas humorísticos e até certas músicas, os bombardeiam com mensagens antiéticas? Como convencê-los, se parte dos colegas, com os quais convivem, quebram vidraças, desrespeitam os mais velhos, picham muros, destroem o mobiliário das escolas, dirigem sem carteira aos dezesseis anos ou falsificam documentos para poder entrar nas boates antes da idade permitida em lei, por vezes com a anuência dos responsáveis?
Criar adultos dignos depende basicamente de duas coisas: da maneira pela qual nós, pais, vivemos o dia a dia e da confiança que temos nos valores que guiam nossas ações. Ou seja, é necessário não só sermos íntegros, mas também não duvidarmos da força dos nossos princípios. Quando crianças e jovens percebem nos seus mais fortes modelos segurança inabalável na retidão, na cooperação, na honra – independente do que estejam fazendo os vizinhos, parentes e amigos – eles muito provavelmente também acreditarão. Se, ao contrário, já que há tanta corrupção e impunidade, os próprios pais começam a lassear seus conceitos ou a repetir diariamente "que o Brasil não tem jeito", em que irão seus filhos acreditar? Por que e para que irão lutar?
O perigo maior para um jovem não são as drogas – é não crer no futuro e na sociedade em que vive. A falta de esperança, essa sim, é que pode levar á depressão, ao individualismo, ao consumismo exacerbado, ao suicídio, à marginalidade e às drogas. Em contrapartida a convicção num caminho produtivo a ser trilhado e o desejo de contribuir fazem com que os jovens progridam, criem, estudem e realizem. E para ter essa confiança eles precisam conviver com pessoas que, não apenas vivam de acordo com esse modelo, mas também que não se deixem abalar pelas notícias negativas que saem diariamente na mídia. Existe sim gente desonesta, o que não significa que muitos outros – muitos mais – não sejam dignos, trabalhadores e corretos. Precisamos lutar vigorosamente para que nossos filhos percebam que quem leva o Brasil adianta é "a maioria silenciosa", aquela que é formada por pessoas honestas e trabalhadoras, e que, por isso mesmo, não constituem notícia, nem, portanto, aparecem nos jornais e TV.
Os pais têm papel primordial na estruturação do caráter dos filhos. Resgatar a ética é hoje questão de sobrevivência. Que jovem poderá resistir às pressões negativas de uma sociedade em crise, se não aquele que tenha internalizado o respeito por si próprio e pelo outro? Para isso é preciso, em primeiro lugar, que se reconheçam num modelo – isto é, que saibam quem são, que façam identificações adequadas. E para tanto precisam de modelos fortes e seguros, que não duvidem nem desanimem a cada notícia negativa nos jornais, ou a cada mau exemplo nas vizinhanças.
Muita gente acha que ensinar integridade é impossível nos tempos modernos. Talvez ignorem que isso se faz basicamente através dos exemplos concretos de vida. Se os pais, "sem muito discurso", vivem de acordo com princípios, estarão encorajando os filhos a seguirem seus passos, mesmo sem perceber. Quer dizer, não mentindo, não aceitando uma conta errada no restaurante, chegando à hora combinada aos encontros, respeitando a lei, não mudando ou querendo mudar as regras do jogo de acordo com as conveniências do momento e, especialmente, não disseminando amargura e descrença, simplesmente porque nem todos agem de maneira honesta. Na grande maioria dos casos, essa forma de viver será suficiente para que seus filhos acreditem nos valores... Afinal, não podem contestar – estão vendo! – vocês vivem de acordo com o que defendem!
Por fim é bom lembrar que, especialmente quando nossos filhos chegam à adolescência, quase com certeza, irão opor alguma (ou bastante) resistência ao que defendemos. Não nos deixemos iludir pelas aparências – especialmente não desanimemos! Eles estão lutando para se independentizar e isso pode significar ficar contra tudo (literalmente TUDO, para nosso desespero) que nós, pais, postulamos. Ainda que seja difícil acreditar, nossas lições nunca são inúteis. Enquanto nossas atitudes forem coerentes com nosso discurso, estaremos provendo a base para a qual eles retornarão, quando a época da rebeldia terminar. E, mesmo na fase mais aguda de autoafirmação, raramente se afastarão dos conceitos essenciais. Poderão até fazer algumas bobagens, mas nada que fira de forma irremediável a ética e os valores que aprenderam, por toda sua curta vida, a respeitar.
Mesmo quando parece que não nos ouvem nem veem, é a nossa integridade que serve de fundamento para nossos filhos, hoje e sempre.

A ESCOLA

Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente.
Cada funcionário é gente.
A escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só
Trabalhar,
E também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.

(Paulo Freire)

Borboletas


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses." Rubem Alves

Para o professor

Aquele que é mestre na arte de viver
faz pouca distinção
entre o seu trabalho e o seu tempo livre,
entre a sua mente e o seu corpo,
entre a sua educação e a sua recreação,
entre seu amor e a sua religião.
Distingue uma coisa da outra com dificuldade.
Almeja, simplesmente, a excelência
em qualquer coisa que faça,
deixando aos demais a tarefa de decidir
se está trabalhando ou se divertindo.
Ele acredita que está sempre fazendo
as duas coisas ao mesmo tempo.
Domenico de Masi


"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
(Paulo Freire )

LER FAZ BEM!

domingo, 21 de novembro de 2010

Eu sei mas não devia


 


(Marina Colassanti)
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender mais cedo a luz.E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.A tomar café correndo porque está atrasado.A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite.A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.E aceitando a guerra, aceita seus mortos e que haja número para os mortos.E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz.E não aceitando as negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa.E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem.E, a saber, que cada vez pagará mais.E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios.A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade.A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.A gente se acostuma à poluição.Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor.Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios.Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

A abelha chocolateira




Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.
- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem que aprender.
Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...
Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas colegas operárias.
- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho.
- Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os zangões.
- É horrorosa, um desgosto para a raça! - diziam outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha, que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma idéia brilhante.
No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.

Moral da história: as diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser respeitadas.
Fábula de Katia Canton.Texto publicado na revista Nova Escola.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oração do Professor




"Obrigado, Senhor, por atribuir-me a missão de ensinar e por fazer de mim um professor no mundo da educação. Eu te agradeço pelo compromisso de formar tantas pessoas e te ofereço todos os meus dons. São grandes os desafios de cada dia, mas é gratificante ver os objetivos alcançados, na raça de servir, colaborar e ampliar os horizontes do conhecimento. Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também o sofrimento que me fez crescer e evoluir. Quero renovar cada dia a coragem de sempre recomeçar.Senhor! Inspira-me na minha vocação de mestre e comunicador para melhor poder servir. Abençoa todos os que se empenham neste trabalho iluminando-lhes o caminho . Obrigado, meu Deus, pelo dom da vida e por fazer de mim um educador hoje e sempre.Amém!"

O QUE É DEFICIENCIA?


DEFICIENTES???
É AQUELE QUE NÃO CONSEGUE MODIFICAR SUA VIDA, ACEITANDO AS IMPOSIÇÕES DE OUTRAS PESSOAS...
...OU DA SOCIEDADE EM QUE VIVE SEM TER CONSCIÊNCIA DE QUE É DONO DE SEU DESTINO.


LOUCO...
...É QUEM NÃO PROCURA SER FELIZ COM O QUE POSSUI...


CEGO...
É AQUELE QUE NÃO VÊ SEU PRÓXIMO MORRER DE FRIO, DE FOME, DE MISÉRIA. E SÓ TEM OLHOS PARA SEUS MÍSEROS PROBLEMAS E PEQUENAS DORES.
SURDO...
É AQUELE QUE NÃO TEM TEMPO DE OUVIR UM DESABAFO DE UM AMIGO, OU O APELO DE UM IRMÃO...POIS ESTÁ SEMPRE APRESSADO PARA O TRABALHO PARA GARANTIR UNS TOSTÕES POR MÊS.
MUDO...
É AQUELE QUE NÃO CONSEGUR FALAR O QUE SENTE E SE ESCONDE POR TRÁS DA MÁSCARA DA HIPOCRISIA.


PARALÍTICO...
É QUEM NÃO CONSEGUE ANDAR NA DIREÇÃO DAQUELES QUE PRECISAM.
ANÃO...
É QUEM NÃO SABE DEIXAR O AMOR CRESCER.
E FINALMENTE, A PIOR DAS DEFICIÊNCIAS É A DE SER MISÉRAVEL, POIS MISÉRAVEIS SÃO TODOS AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM FALAR COM DEUS.

MÁRIO QUINTANA 

EDUCAR PARA O PENSAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL



Ana Paula Postal Dias

Profª. Alexandra Cichowski Flores

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED 8551) – Prática Educativa Módulo III
14/08/10

RESUMO

Este trabalho visa buscar uma reflexão sobre o papel que o pensamento ocupa dentro das escolas de ensino especial e qual a função do professor enquanto transmissor de conhecimentos para induzir seus alunos a esta prática. Para esclarecer este assunto é preciso primeiramente entender o que é o pensar, e qual o benefício que o mesmo trará para o educando induzido a pensar.

Palavras-chave: Pensar. Educação. Diferenças.


1 INTRODUÇÃO


É de fundamental importância que a Escola de Educação Especial estimule seus educandos ao desenvolvimento intelectual, ou seja, estimule-os ao pensar. É a partir de práticas como essa que estes alunos portadores de necessidades especiais poderão atingir seu potencial máximo e aprender a contornar suas limitações.

Na sequência ficará mais claro compreender que é devido aos estímulos recebidos, principalmente enquanto criança, que um ser se torna “capacitado” intelectualmente. Porém na Educação Especial estes estímulos precisam ser o mais próximo possível do concreto.


2 O PAPEL DO PROFESSOR ENQUANTO TRANSMISSOR DE CONHECIMENTOS

Para compreender a necessidade de levar os educandos a adquirirem a prática de pensar, é preciso primeiramente esclarecer o que seria pensar. Pensar segundo a definição do dicionário nada mais é do que um processo pelo qual a consciência apreende em um conteúdo determinado objeto.

Em prática, o que deixa muitos pais de crianças portadoras de necessidades especiais sem dormir, é pensar o modo como os professores irão lidar com elas e como irão educá-las. Porém muitas vezes esquecem-se de pensar que a família caminhando juntamente a instituição é o melhor resultado para a base da formação destas crianças.

O filósofo Nietzsche defende o uso do bom humor para falar de coisas sérias: ridendo dicere severum ("rindo, dizer as coisas sérias", do latim), todos sabemos que lidar com diferenças é bastante difícil, principalmente quando se fala em limites de potencialidade de uma criança especial, por isso acredita-se que o humor pode ajudar muito no desempenho das mesmas.
Nos dias de hoje, quando é tão complicado ser feliz, lidar com bom humor tem uma eficácia significativa, e tem sido uma ferramenta a favor da educação em relação à inclusão.  

Dentre todas as dificuldades que uma criança especial pode apresentar, uma delas é a compreensão de mundo, ou seja, dificuldades no raciocínio. Só que ao invés de valorizar as barreiras é preciso saber contorná-las e olhá-las como algo a ser superado, induzindo esta criança a criar situações para contornar seus obstáculos, o que faz com que a mesma amadureça e estimule seu raciocínio.

As crianças portadoras de necessidades especiais são representadas por 10% da nossa população, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 54, III, afirma que: "É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente (...) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.”

Se pararmos para observar, veremos que no mundo inteiro iniciativas de prática a inclusão vem sendo adotadas, e esta prática tem se tornado cada vez maior dentro dos mais variados espaços sociais, o ideal seria que as escolas inclusivas atendessem as necessidades de cada um, mas sabemos que na realidade brasileira ainda falta uma caminhada maior em relação ao assunto.  

Neste final de século a Escola Inclusiva tornou-se uma tendência, porém sabemos que o principal desafio dessas escolas está em desenvolver uma pedagogia que seja capaz de educar as crianças de um modo geral, sem diferenciar a criança portadora de necessidades especiais. A Escola Inclusiva deve respeitar as diferenças oferecendo respostas adequadas às necessidades de cada criança, contando com o apoio de especialistas quando isso se fizer necessário.

Se todas as pessoas comprometidas a formar uma sociedade democrática tivessem a inclusão como meta tudo se tornaria mais fácil.
É importante que não se confunda Escola Inclusiva com Escola Especial, a Escola Inclusiva, como o próprio nome já diz, inclui em seu ambiente regular crianças portadoras de necessidades especiais, já a Escola Especial, tem em seu ambiente diferenciado e adaptado somente crianças surdas, cegas e portadoras de deficiência mental.

Para que a escola regular consiga atender as necessidades desta criança especial é preciso que haja investimento na formação dos professores que atuam neste ambiente, pois sem recursos e conhecimento não é possível desenvolver nada. Esta criança precisa de uma atividade diferenciada, de acordo com a sua apreciação e é muito importante que esta criança seja bem estimulada, pois é nesta etapa que acontece a construção de identidade, e para manter esta criança bem emocionalmente é preciso saber exatamente como lidar com suas dificuldades.

O Ensino Especial vem sendo alvo de criticas, pois não promove o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças, mas é preciso olhar com outros olhos estas escolas, porque elas contam com materiais, equipamentos e professores especializados; o que faz destas instituições locais organizados e fundamentais na educação dos educandos atendidos.     

O que tem acontecido com freqüência em escolas regulares “ditas inclusivas” é uma inclusão velada, profissionais incapacitados de atender as necessidades das crianças especiais quando jogadas em uma turma com crianças ditas normais, falta apoio, material, formação para esses profissionais, é impossível atender uma turma onde encontram-se crianças especiais sem no mínimo um monitoramento, pois é neste momento que acaba acontecendo a exclusão, o professor não da conta de atender este aluno dentro de suas limitações e juntamente o restante da turma que também depende de seu atendimento.

Podemos dizer que a inclusão está em processo, porque enquanto a rede regular de ensino não for adaptada e pedagogicamente transformada para atender de forma inclusiva nada passará de um documento em um papel.

 Apesar de parecer uma tarefa difícil se vista com bons olhos e como um processo de integração dessas crianças se tornará parte do projeto educativo da instituição.

Por esse motivo o professor deve sempre estar procurando estimular seus educandos a pratica do pensar, pois segundo Demo (2004) “Saber pensar é uma potencialidade humana e possui relação com a capacidade de aprendizagem. É a teoria mais prática que existe, ou a prática mais teórica que existe”. Saber pensar nada mais é que um jogo, onde percebemos a dimensão das coisas, é um convite a vida enfim, onde cada um tira suas próprias conclusões aprendendo a trabalhar com opiniões diversas e a trabalhar com suas próprias divergências.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


           O presente trabalho estudou a importância da Educação Especial em relação ao desenvolvimento do potencial intelectual do aluno portador de necessidades especiais em cima dos estímulos recebidos.
É conhecendo e analisando a realidade dos alunos portadores de necessidades especiais, que se confronta a sua realidade, as exigências do Plano de Estudos e o papel do professor e de cada instituição enquanto formadora de educandos especiais.
            Ao falar de Educação Especial, percebe-se que se trata de uma área da educação, que destina-se ao atendimento e a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, é um ramo da educação que está sempre em busca de novas maneiras de transmitir o conhecimento e a aprendizagem para essas crianças de acordo com suas necessidades, no entanto é um processo, que muitas vezes pode demorar, porém está sempre atrás de um progresso independente do “tamanho” de seu resultado.

REFERÊNCIAS


GLAT, R. (1998). A integração Social dos Portadores de Deficiência: Uma Reflexão. Questões Atuais em Educação Especial. V.1. Rio de Janeiro: Sete Letras.
NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Caderno de estudos: educação especial/ Luciana Monteiro do Nascimento, Centro Universitário Leonardo da Vinci. - Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.

A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO




Mara Dirlei Corrêa Trapp
Professora Alexandra Cichowski Flores
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED 8551) – Prática Educativa – Módulo II
06/02/2010


RESUMO

O educador é o responsável pela socialização da criança em sua nova caminhada, na escola, sendo assim um dos responsáveis pelo desenvolvimento social, intelectual e crítico do seu educando. Não substituindo a família, mas sim completando esta tarefa que já deve ter sido iniciada em casa. A escola é o segundo grupo social do qual a criança faz parte, e por que não afirmar o que lhe transmitirá o maior conhecimento para sua interpretação do mundo. A criança que for bem estimulada no início desta jornada com certeza terá maiores condições de se tornar um bom cidadão, com o auxilio da família e da escola trabalhando juntas neste propósito.


Palavras-chave: Escola. Família. Socialização.


1 INTRODUÇÃO

A importância da preparação do aluno no início de sua caminhada como cidadão, auxiliando-o na compreensão de seus direitos e deveres, este é o compromisso da escola e de seus educadores. E é na escola, depois da família, que a criança adquire conhecimentos para sua vida social.

A escola trabalha a socialização da criança através da expressão oral, escrita e corporal. O seu raciocínio lógico deve ser desenvolvido junto com seu senso crítico, tanto na resolução de problemas matemáticos como na resolução de problemas do seu dia-a-dia, como na conscientização da preservação do meio ambiente, na aquisição de hábitos de higiene e boa alimentação, mas principalmente desenvolver no aluno a habilidade de interpretar.


2 O PAPEL DO PROFESSOR NA SOCIALIZAÇÃO DO ALUNO

A criança quando entra na escola já trás de casa uma bagagem de informações construídas nos seus primeiros anos de vida, a primeira noção de socialização é transmitida para criança através da família.
Segundo César Coll Salvador et al. (1999, p.146):

De maneira bastante geral, o processo de desenvolvimento das crianças inicia-se na família, sendo os pais os primeiros cuidadores e educadores ao mesmo tempo; é o primeiro contexto de desenvolvimento, que em todas as culturas é visto, mais cedo ou mais tarde, progressivamente ampliado. As crianças participam, assim, de outros contextos e interagem com outras pessoas em uma diversidade de modalidades.

Mas é na escola que estas informaçãos são amadurecidas e transformadas em conhecimentos para o resto de sua vida. Portanto o professor é o eixo de ligação da criança com a sociedade, junto com a família. A aquisição do saber vai desde o nascimento até a morte e é o processo de socialização. Adquirimos hábitos conforme os costumes da sociedade em que vivemos, ao interagir com outras pessoas é que adquirimos o conhecimento para nossa sobrevivência e na escola obtemos o posicionamento crítico para nossas escolhas.

O papel do educador, sua função de orientador e mediador é fundamental. O educador deve criar uma harmonia entre a apresentação de conteúdos teóricos e as práticas sociais do educando, auxiliando-o assim na formação de seu caráter. É muito comum o jogo de empurra entre família e escola, um tentando passar para o outro as suas responsabilidades e ambos esquecendo o objetivo principal que é o aluno. Para evitar estes transtornos escola e família devem procurar ações coordenadas para solucionar estes problemas.

Para dar início ao diálogo produtivo, ideias prontas devem ser desconstruídas. É essencial que os professore entendam o público para o qual prestam serviço (como está organizada a família contemporânea? Qual o papel dela na educação?). Por outro lado, a família deve compreender a missão e as propostas da escola e conhecer formas de contribuir com ela. (NOVA ESCOLA, 2009, p.102)

Nos dias de hoje, o educar está cada vez mais difícil, está sendo atribuído ao professor tarefas que antigamente eram exclusivas da família, devido ao fato das mudanças na sociedade, onde as mães precisam sair de casa para trabalhar e assim mais cedo colocam seus filhos nas escolas de educação infantil, ficando ao professor o compromisso de educar está criança.

A escola precisa aproximar a família do convívio escolar numa tentativa de reforçar o interesse dos pais pelo futuro de seu filho, oferecer oportunidades de acesso à cultura e não só a preocupação com a indisciplina na sala de aula, oportunizar a reflexão de questões relativas ao respeito ao próximo, suas culturas, orientação sexual, preservação do meio ambiente, entre outros temas. A escola deve se envolver mais diretamente com o convívio familiar, promovendo informações a todos e não somente ao aluno.

O comportamento dos estudantes não está ligado diretamente ao aprendizado, mas é visto como obstáculo ao ensino. A socialização primária (cumprimentar e esperar alguém terminar de falar para se manifestar, entre outros) é sim, uma das tarefas educativas da Infantil e em séries iniciais do Ensino Fundamental. Para contornar problemas de comportamento, família e escola acabam seguindo caminhos distintos, por vezes equivocados, de acordo com Luiza Silveira, da PUC-RS. Se os pais usam estratégias ambíguas, por exemplo, os professores apelam para métodos autoritários e querem que a família os reproduza. É preciso estabelecer práticas comuns – o que pode ser articulado num encontro entre coordenação pedagógica, docentes e familiares, fora da reunião de pais. (NOVA ESCOLA, 2009, p. 106)


As escolas na maioria das vezes só realizam reuniões para entrega de boletins, ou eventualmente quando a turma apresenta problemas. Principalmente no 2º ciclo do Ensino Fundamental as reuniões ficam mais escassas. Nas séries iniciais as reuniões são mais comuns, porém, a maioria dos pais está preocupada apenas com o aprendizado de conteúdos e não com a convivência dos filhos, com os demais. Nas grandes cidades, onde há um número maior de alunos por escola a socialização é mais difícil ainda.
No entanto, cabe a escola promover eventos que acolham estes pais e alunos. A escola promovendo encontros agradáveis para a comunidade fará com que todos se sintam melhor em participar dos eventos, chamando os pais e familiares para assistirem uma peça de teatro, produzidas pelos alunos, por exemplo, e por que não convidá-los para participar da organização. O aluno se sentirá valorizado e a família terá oportunidade de conviver com colegas de seus filhos.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na elaboração deste trabalho pode constatar de essencial importância a participação de todos, família e escola, na socialização do aluno. Somente quando todos se conscientizarem que trabalhando juntos teremos um resultado satisfatório na preparação da criança para a vida.

O educador é ferramenta fundamental na transformação do educando em ser social. Preocupando-se em auxiliar este aluno e sua família na aquisição do saber, na interpretação dos problemas para assim juntos formarem um indivíduo de conscientização crítica e capaz de responder por seus atos e decisões na sociedade da qual faz parte.

A escola deve ser um local de enriquecimento cultural, intelectual e social. Participando ativamente do crescimento da comunidade a qual está inserida e não apenas na reprodução de conteúdos didáticos propostos em seu currículo anual. A preocupação com a socialização de seus alunos deve prevalecer em todas as suas disciplinas e não somente em conversas extraclasse.

A socialização nas escolas é de essencial importância para as crianças e adolescentes, mas só será completa quando todos, família e escola, trabalharem juntas em busca de soluções para os problemas da comunidade e nunca esquecendo que o maior interessado nessa conquista é o aluno. Somos nós pais e educadores que estamos formando a sociedade de amanhã, não podemos deixar para depois esta nossa responsabilidade.

Vamos começar já, principalmente nós, futuros professores, que escolhemos esta tarefa tão importante, vamos ser conscientes de nossas responsabilidades e cumpridores de nossos deveres como educadores e cidadãos.


REFERÊNCIAS

SALVADOR, César Coll (Org.). Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artemed, 1999.
PALATO, Amanda. Sem culpar o outro. Nova Escola, São Paulo, n.225, p.102-106, set. 2009.

Grupo X Equipe


por Cybele Padoan Giacchetto

Você trabalha em um GRUPO ou EQUIPE?

Existe diferença?

Sim. No grupo todos trabalham voltados para os mesmos objetivos e têm seus papéis e funções definidos. Não obstante, os resultados ficam aquém do esperado. Por que será?

A realidade é a seguinte, ninguém sabe direito o que o outro pensa porque as pessoas ou não se comunicam ou falam de forma política sem dizer o que realmente pensam. Às vezes alguns falam, mas de forma descontrolada e sem habilidade. É também cada um por si, ninguém toma a iniciativa de ajudar o outro. Aliás, existem muitas divergências relacionadas a problemas do trabalho e também diferenças de valores pessoais.
Em alguns casos essas divergências e problemas de relacionamentos são manifestados, nos outros casos são mascaradas por razões políticas. Há muito fingimento, faz-se de conta que está tudo bem.

Você deve se perguntar, e os Líderes?

Estes, para se diferenciarem e se afirmarem, mantêm-se distantes, aparecem somente para dar ordens. Ninguém tem a liberdade nem o clima para dizer o que pensa dos colegas e muito menos dos chefes. Já estes falam, às vezes, de forma muito franca e rude, e ninguém nesse ambiente toma a iniciativa para saber como é visto. Pelo contrário, todos são muito defensivos e tendem a sentir o Feedback (é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos) como um ataque.

Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito e os benefícios psicológicos que os membros encontram, em geral, produzem resultados de aceitáveis a bons. No entanto este grupo não é uma equipe.
 
"TODA EQUIPE É UM GRUPO, MAS NEM TODO GRUPO É UMA EQUIPE"

Na equipe as coisas são um tanto diferentes. Além de ter os seus membros voltados para os mesmos objetivos com papéis e funções bem definidas, possui uma série de fatores positivos que a distinguem do grupo e garantem a obtenção de excelentes resultados com muita sinergia e criatividade. Por que será?

Na equipe existe uma transparência muito grande entre todos. Ninguém esconde o jogo. Cada um sabe o que o outro pensa e sente sobre os assuntos do trabalho, mas tudo de forma muito construtiva! Além disso, o nível de mútua colaboração é ótimo, trabalham realmente em um time. Cada um pode contar com o outro que espontaneamente e prazerosamente se dispõe a dar o apoio e ajuda quando necessário.

Nesse ambiente tão bom não quer dizer que não existam conflitos, eles fazem parte do relacionamento humano e se tornam até fator de crescimento se forem trabalhados através do debate conduzido da maneira certa e na hora certa. É isto que acontece na equipe, as lideranças não são distantes, atuam próximas e em conjunto com todos os seus membros que participam ativamente numa rica interação entre todos, favorecendo assim a criatividade e aumentando o comprometimento mútuo.

Os líderes são suficientemente seguros para não se sentirem ameaçados pelas idéias de valor que venham de baixo. Ninguém pretende sobressair-se isoladamente. Os resultados é que se destacam como em um bom time de futebol, a equipe toda vibra com o gol do colega porque o time todo sai ganhando.

Em função de tudo isso, existe a prática constante do Feedback que é dado de forma transparente, e sobretudo construtiva, com a receptividade de todos. Líderes e liderados dão e recebem Feedback, mas se o relacionamento é muito bom dentro da equipe que é muito unida, isto não a torna fechada na interação com as outras equipes e áreas da empresa, pelo contrário, a empresa funciona como um time, como já foi visto, com grande colaboração entre equipes e áreas.

Como acontece a comunicação na Equipe?

A comunicação entre todos é ótima e o que é básico, as pessoas se constituem no valor mais importante. Elas se conhecem e se sentem mais profundamente, havendo então muita empatia. Isto aumenta a compreensão mútua e evita os preconceitos e julgamentos superficiais indevidos, assim fica evidente que na equipe, a partir da ótima interação existente, a criatividade, a qualidade e a produtividade são grandes e todos lucram: a empresa tem muito mais resultados e os seus membros são muito mais felizes e tem muito mais qualidade de vida no trabalho, o lugar onde se passa a maior parte do tempo acordado.
Trabalhar efetivamente em equipe compensa para os dois lados: empresa e funcionários. Somente alguém não deve gostar porque sai perdendo com isto: o concorrente!

Equipe é um grupo que compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los de forma compartilhada. A comunicação entre os membros é verdadeira e as opiniões diferentes são estimuladas.

Em uma equipe:
  • Assumem-se riscos
  • A equipe investe constantemente em seu próprio crescimento;
  • O grupo transforma-se em equipe quando passa a prestar atenção à sua própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento;

A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e o alcance das metas. O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e especialmente o reconhecimento da interdependência entre seus membros no alcance dos resultados da equipe, deve favorecer ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um verdadeiro trabalho em equipe.


Att
Prof ª Iara Moreira
Diretora de Ensino
SERVI - Projetos e Cursos
Polo UNIASSELVI
Camaquã/RS

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PRÁTICA EDUCATIVA IV

004.jpgPROJETO INTERDISCIPLINAR
MÓDULO IV – PED8551

TEMÁTICA: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES:
30/10
GRUPO 1 – PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO (ALFABETIZAÇÃO)
                           (Cátia, Cibele, Crislaine, Gabriela)

GRUPO 2 - TEATRO: UM INATRUMENTO PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
                       ( Maiquel, Carine, Lisiane, Camila, Daiane)

GRUPO 3 – O LÚDICO NA APRENDIZAGEM
                      (Adriana, Jéssica, Rosane C., Silvia Letícia, Maria Eliana)

GRUPO 5 – Alfabetizar Letrando: a importância da  integração da alfabetização e do letramento nas séries iniciais
(Arlete, Melissa, Silvana, Rosane, Simone, Miriam)

20/11
GRUPO 6 –      PROCESSOS BIOLÓGICOS NA ALFABETIZAÇÃO
(Letícia, Junara, Tamires, Carla Fernanda)

27/11
GRUPO 4 – O BRINCAR NA ALFABETIZAÇÃO
 (Tatiane, Ana Paula, Michele, Dieila)

GRUPO 7 – LETRAMENTO X MATEMÁTICA
(Rosemary, Mara, Vera, Eliane, Thainan)

4/12 – Revisão do pôster (encaminhamento para gráfica)
18/12 – Socialização da prática educacional mód. IV + entrega do paper + entrega e apresentação do pôster

ESTÁGIO 1 - DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS
DATAS: 21/8 – 4/9 – 9/10 – 20/11   (30/10 – ENTREGA DO PROJETO)
SOCIALIZAÇÃO: 11/12 (entrega do memorial)

MENINAS........
Parabéns!!!!!!!!!!!!!!
As práticas foram ótimas......verdadeiras oficinas para a construção do conhecimento!!!!!!!!
Agora no proximo...........mais superação!!!! 

UMA ESCOLA E UMA LIÇÃO DE VIDA



Esta história foi contada por Chick Moorman,e aconteceu numa escola primária do estado de Michigan, Estados Unidos.

Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experiência muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou:
Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti.
Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa,
preenchendo uma folha de caderno com idéias e pensamentos.
Uma aluna de dez anos, mais próxima de mim,estava enchendo a folha de "não consigos".
"Não consigo chutar a bola de futebol além da segunda base."
"Não consigo fazer divisões longas com mais de três números."
"Não consigo fazer com que a Debbie goste de mim."
Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que não conseguiam fazer.
"Não consigo fazer dez flexões."
"Não consigo comer um biscoito só."
A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela também estava ocupada escrevendo uma lista de "não consigos". Frustrado em meus esforços em determinar porque os alunos estavam
trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas,voltei para o meu lugar e continuei minhas observações. Os estudantes escreveram por mais dez minutos.
A maioria encheu sua página. Alguns começaram outra. Depois de algum tempo os alunos foram instruídos a dobrar as folhas ao meio e colocá-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora. Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa,
Donna acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do braço e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos. Logo à frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma pá. Depois seguiu para o pátio da escola, conduzindo os alunos até
o canto mais distante do playground. Ali começaram a cavar. Iam enterrar seus "não consigo"!Quando a escavação terminou, a caixa de "não consigos" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra.
Trinta e uma crianças de dez e onze anos permaneceram de pé, em torno da sepultura recém cavada. Donna então proferiu louvores.
"Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memória do 'não consigo'.
Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos nós, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituição pública - escolas, prefeituras, assembléias legislativas e até mesmo na casa branca. Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lápide que contém seu epitáfio. Ele vive na memória de seus irmãos e irmãs 'eu consigo',
'eu vou' e 'eu vou imediatamente'. Que 'não consigo' possa descansar em paz e que todos os  presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausência. Amém."
Ao escutar as orações entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lição.
A atividade era simbólica: uma metáfora da vida.
O "não consigo" estava enterrado para sempre.
Logo após, a sábia professora encaminhou os alunos de volta à classe e promoveu uma festa.
Como parte da celebração Donna recortou uma grande lápide de papelão e escreveu as palavras "não consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data embaixo. A lápide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano. Nas raras ocasiões em que um aluno
se esquecia e dizia "não consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz.
O aluno então se lembrava que "não consigo" estava morto e reformulava a frase.
Eu não era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lição duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre que ouço a frase "não consigo",vejo imagens daquele funeral da quarta série. Como os alunos, eu também me lembro de que "não consigo" está morto.     Autoria Desconhecida

"VOCÊS PROFESSORES, ME DIZEM QUE É MUITO DIFÍCIL ENSINAR ÀS CRIANÇAS. ESTOU DE ACORDO. E VOCÊS DIZEM TAMBÉM QUE É MUITO DIFÍCIL DESCER ÀS CRIANÇAS. ESTOU EM DESACORDO. O QUE É MUITO DIFÍCIL É SUBIR AO NÍVEL DE SENSIBILIDADE E DE CURIOSIDADE DAS CRIANÇAS, FICAR NA PONTA DOS PÉS, FALAR BRANDAMENTE PARA NÃO MACHUCÁ-LAS. É POR ISSO QUE A ESCOLA NÃO MUDA. PORQUE AS PESSOAS NÃO ESTÃO PREPARADAS PARA SUBIR AO NÍVEL DAS CRIANÇAS".(JANAUZ KORCZAK)

PED8551 –AGOSTO/2010