terça-feira, 16 de novembro de 2010

EDUCAR PARA O PENSAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL



Ana Paula Postal Dias

Profª. Alexandra Cichowski Flores

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (PED 8551) – Prática Educativa Módulo III
14/08/10

RESUMO

Este trabalho visa buscar uma reflexão sobre o papel que o pensamento ocupa dentro das escolas de ensino especial e qual a função do professor enquanto transmissor de conhecimentos para induzir seus alunos a esta prática. Para esclarecer este assunto é preciso primeiramente entender o que é o pensar, e qual o benefício que o mesmo trará para o educando induzido a pensar.

Palavras-chave: Pensar. Educação. Diferenças.


1 INTRODUÇÃO


É de fundamental importância que a Escola de Educação Especial estimule seus educandos ao desenvolvimento intelectual, ou seja, estimule-os ao pensar. É a partir de práticas como essa que estes alunos portadores de necessidades especiais poderão atingir seu potencial máximo e aprender a contornar suas limitações.

Na sequência ficará mais claro compreender que é devido aos estímulos recebidos, principalmente enquanto criança, que um ser se torna “capacitado” intelectualmente. Porém na Educação Especial estes estímulos precisam ser o mais próximo possível do concreto.


2 O PAPEL DO PROFESSOR ENQUANTO TRANSMISSOR DE CONHECIMENTOS

Para compreender a necessidade de levar os educandos a adquirirem a prática de pensar, é preciso primeiramente esclarecer o que seria pensar. Pensar segundo a definição do dicionário nada mais é do que um processo pelo qual a consciência apreende em um conteúdo determinado objeto.

Em prática, o que deixa muitos pais de crianças portadoras de necessidades especiais sem dormir, é pensar o modo como os professores irão lidar com elas e como irão educá-las. Porém muitas vezes esquecem-se de pensar que a família caminhando juntamente a instituição é o melhor resultado para a base da formação destas crianças.

O filósofo Nietzsche defende o uso do bom humor para falar de coisas sérias: ridendo dicere severum ("rindo, dizer as coisas sérias", do latim), todos sabemos que lidar com diferenças é bastante difícil, principalmente quando se fala em limites de potencialidade de uma criança especial, por isso acredita-se que o humor pode ajudar muito no desempenho das mesmas.
Nos dias de hoje, quando é tão complicado ser feliz, lidar com bom humor tem uma eficácia significativa, e tem sido uma ferramenta a favor da educação em relação à inclusão.  

Dentre todas as dificuldades que uma criança especial pode apresentar, uma delas é a compreensão de mundo, ou seja, dificuldades no raciocínio. Só que ao invés de valorizar as barreiras é preciso saber contorná-las e olhá-las como algo a ser superado, induzindo esta criança a criar situações para contornar seus obstáculos, o que faz com que a mesma amadureça e estimule seu raciocínio.

As crianças portadoras de necessidades especiais são representadas por 10% da nossa população, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 54, III, afirma que: "É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente (...) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.”

Se pararmos para observar, veremos que no mundo inteiro iniciativas de prática a inclusão vem sendo adotadas, e esta prática tem se tornado cada vez maior dentro dos mais variados espaços sociais, o ideal seria que as escolas inclusivas atendessem as necessidades de cada um, mas sabemos que na realidade brasileira ainda falta uma caminhada maior em relação ao assunto.  

Neste final de século a Escola Inclusiva tornou-se uma tendência, porém sabemos que o principal desafio dessas escolas está em desenvolver uma pedagogia que seja capaz de educar as crianças de um modo geral, sem diferenciar a criança portadora de necessidades especiais. A Escola Inclusiva deve respeitar as diferenças oferecendo respostas adequadas às necessidades de cada criança, contando com o apoio de especialistas quando isso se fizer necessário.

Se todas as pessoas comprometidas a formar uma sociedade democrática tivessem a inclusão como meta tudo se tornaria mais fácil.
É importante que não se confunda Escola Inclusiva com Escola Especial, a Escola Inclusiva, como o próprio nome já diz, inclui em seu ambiente regular crianças portadoras de necessidades especiais, já a Escola Especial, tem em seu ambiente diferenciado e adaptado somente crianças surdas, cegas e portadoras de deficiência mental.

Para que a escola regular consiga atender as necessidades desta criança especial é preciso que haja investimento na formação dos professores que atuam neste ambiente, pois sem recursos e conhecimento não é possível desenvolver nada. Esta criança precisa de uma atividade diferenciada, de acordo com a sua apreciação e é muito importante que esta criança seja bem estimulada, pois é nesta etapa que acontece a construção de identidade, e para manter esta criança bem emocionalmente é preciso saber exatamente como lidar com suas dificuldades.

O Ensino Especial vem sendo alvo de criticas, pois não promove o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças, mas é preciso olhar com outros olhos estas escolas, porque elas contam com materiais, equipamentos e professores especializados; o que faz destas instituições locais organizados e fundamentais na educação dos educandos atendidos.     

O que tem acontecido com freqüência em escolas regulares “ditas inclusivas” é uma inclusão velada, profissionais incapacitados de atender as necessidades das crianças especiais quando jogadas em uma turma com crianças ditas normais, falta apoio, material, formação para esses profissionais, é impossível atender uma turma onde encontram-se crianças especiais sem no mínimo um monitoramento, pois é neste momento que acaba acontecendo a exclusão, o professor não da conta de atender este aluno dentro de suas limitações e juntamente o restante da turma que também depende de seu atendimento.

Podemos dizer que a inclusão está em processo, porque enquanto a rede regular de ensino não for adaptada e pedagogicamente transformada para atender de forma inclusiva nada passará de um documento em um papel.

 Apesar de parecer uma tarefa difícil se vista com bons olhos e como um processo de integração dessas crianças se tornará parte do projeto educativo da instituição.

Por esse motivo o professor deve sempre estar procurando estimular seus educandos a pratica do pensar, pois segundo Demo (2004) “Saber pensar é uma potencialidade humana e possui relação com a capacidade de aprendizagem. É a teoria mais prática que existe, ou a prática mais teórica que existe”. Saber pensar nada mais é que um jogo, onde percebemos a dimensão das coisas, é um convite a vida enfim, onde cada um tira suas próprias conclusões aprendendo a trabalhar com opiniões diversas e a trabalhar com suas próprias divergências.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


           O presente trabalho estudou a importância da Educação Especial em relação ao desenvolvimento do potencial intelectual do aluno portador de necessidades especiais em cima dos estímulos recebidos.
É conhecendo e analisando a realidade dos alunos portadores de necessidades especiais, que se confronta a sua realidade, as exigências do Plano de Estudos e o papel do professor e de cada instituição enquanto formadora de educandos especiais.
            Ao falar de Educação Especial, percebe-se que se trata de uma área da educação, que destina-se ao atendimento e a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, é um ramo da educação que está sempre em busca de novas maneiras de transmitir o conhecimento e a aprendizagem para essas crianças de acordo com suas necessidades, no entanto é um processo, que muitas vezes pode demorar, porém está sempre atrás de um progresso independente do “tamanho” de seu resultado.

REFERÊNCIAS


GLAT, R. (1998). A integração Social dos Portadores de Deficiência: Uma Reflexão. Questões Atuais em Educação Especial. V.1. Rio de Janeiro: Sete Letras.
NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Caderno de estudos: educação especial/ Luciana Monteiro do Nascimento, Centro Universitário Leonardo da Vinci. - Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.

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