segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Era uma vez... um sonho...


...o sonho de manter acesa a chama vibrante, intensa e colorida da infância. Um tempo marcado pelo encantamento da atmosférica onírica que rege a primeira e mais importante fase de nossas vidas.Uma época singular,rica pessoal e intransferível..."


"Pedagogia do Amor"

Gabriel Chalita

domingo, 17 de julho de 2011

PIRATA DE PALAVRAS

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Livro: Pirata de Palavras
Autora: Jussara Braga

- Aguçar a curiosidade explorando o título, ativando conhecimentos prévios e aguçando antecipações de sentido.
- Leitura da história levantando e verificando hipóteses.
- Construção da compreensão global da história, unificando e inter-relacionando informações explícitas e implícitas.
Pirata de Palavras
Heitor era um menino que trazia sempre no bolso folhas de papel e uma caneta azul. Quando passeava pela rua, voltando da escola, ia anotando palavras dos luminosos de propaganda, cartazes e placas. Depois assinava a folha, embaixo, trocando a letra H pela letra L. Formando, assim, LEITOR.
Seus amigos perguntavam:
_ Para que isso, Heitor?
Ele sorria e dizia:
_ Sou Pirata de Palavras!
Ele imaginava criar uma grande história, colecionando palavras como quem guarda selos.
No primeiro dia juntou: amarelo - caramelo - alfinete - sorvete - anzol - jornal - barril - anil.
No segundo dia juntou: caminhão - feijão - balão - algodão - estrada - espada - toalha - medalha.
No terceiro dia juntou: chácara - chuvisco - chapéu - chaveiro - chocolate - xadrez - xarope.
No quarto dia juntou: pássaro - pêssego - passeio passado - morro - murro - carro - burro.
No quinto dia foram dez palavras. Era um dia de sol! Juntou praça - vidraça - brinquedo - coqueiro - faqueiro - pipoqueiro - lâmpada - tampa - banco - canto.
No sexto dia foram só quatro palavras. Era um dia de muita chuva... Juntou tesoura - vassoura - panela - capela.
E assim foi anotando, semana após semana. As palavras cresciam como em um dicionário. E nada de histórias...
Então Heitor percebeu que histórias se fazem de palavras, ideias, sonhos e fantasias...
Feita essa nova descoberta, agora o nosso Leitor é Pirata de Aventuras!


- Atividades escritas relacionadas com a compreensão da história e com as palavras que Heitor juntou.
- Confecção do tapa-olho de TNT.
- Seja você também um Pirata de Palavras. Faça como Heitor: anote nessa cadernetinha, palavras que você encontra pelas ruas por onde passa, em revistas que você lê, palavras que você vê na televisão...
A maior parte dos meus alunos estão nos níveis silábico - alfabético e alfabético, então vou sugerir que tipo de palavras irão escrever em cada dia. Exemplo: No primeiro dia vamos escrever somente palavras com rr. E no dia seguinte trabalharemos estas palavras em jogos e brincadeiras.

A Bonequinha Preta


A Bonequinha Preta
Era uma vez uma bonequinha preta , que morava em uma linda com Mariazinha . As duas brincavam o tempo todo, e até dormiam juntas quando estavam cansadas.
Todos os outros brinquedos dormiam em outros lugares, pois Mariazinha queria sempre a sua junto. Mas, o que ela não sabia, era que as bonequinhas não dormem como as meninas, aquele tempo todo, sem ver o mundo aqui fora. Eram diferentes das meninas e meninos de verdade em muitas coisas.
Mesmo assim, ensinava à sua bonequinha preferida tudo o que aprendia com a mamãe: tomar banho, escovar os dentes, trocar roupas limpas, e tudo mais.
Naquele dia, quando foi dormir um pouquinho depois do almoço, explicou direitinho à bonequinha preta que ela não deveria subir sozinha na janela:
- A janela é muito perigosa! A criança pode cair lá fora e nunca mais voltar para casa. Papai disse que precisa ter gente grande perto sempre que a gente quiser ir à janela.
Mariazinha viu que a entendeu tudo muito bem, como sempre. Então dormiu sossegada...
A bonequinha preta também começou a dormir mas, ... uma voz diferente, forte e interessante entrava pela janela trazendo uma novidade que ela não conhecia:
- Verdureiro, verdureiro!
O que será isso, pensou a . Mariazinha , que sempre sabia tudo, estava dormindo e não podia contar nada sobre verdureiros, que deviam ser seres novos e sensacionais! Ela precisava ver!
Talvez seja isto: um cara todo verde!
Ou quem sabe isto: alguém saindo assim do verde.
Também podia ser um destes: nunca tinha visto um.
- Verdureiro, verdureiro!
Ir ou não ir só um pouquinho na janela? A dúvida passou rapidinho e logo ela já estava lá, tentando olhar tudo. Ela não queria cair, mas estava difícil ver. Subiu só mais um tantinho e tibum!caiu lá embaixo!
Por sorte, o verdureiro estava passando bem na hora, e a caiu em cima das verduras fofinhas de seu grande cesto. Ela era tão levinha que ele nem percebeu e continuou andando pelas calçadas com seu canto:
- Verdureiro, verdureiro!
Passou por várias ruas onde a bonequinha preta nunca tinha ido, cada vez mais longe...
Então o verdureiro decidiu voltar para casa, pois já era tarde. Entrou pela garagem escura, sem ver a assustada que estava ali. E subiu as escadas para chegar em casa, largando o cesto no chão.

A bonequinha preta começou a chorar, de tanto medo que estava daquele lugar estranho e escuro. Cair da janela assim tinha sido uma grande besteira, e não ia gostar nada de ter sido desobedecida. Então chorou e chorou mais ainda, sem nenhum consolo...
Nenhum?
Um gatinho que ia passando por ali ouviu aquele choro tão doído e ficou com muita pena da . Tentou fazer gracinhas para ela sorrir, mas não deu certo.
- Então, o que posso fazer por você?
- Não sei, eu fui olhar só um pouquinho na janela, sem saber. Ela disse para eu não ir sozinha, e agora perdi minha linda !
- Talvez eu possa ajudar. Os gatos passeiam pela noite, e se você me contar como é sua casa, talvez eu a encontre.
- É uma linda branca, com janelas azuis, e uma dentro, que deve estar muito triste agora.
E assim, o saiu pelas ruas à noite, procurando a casa certa. Procurou, procurou e...
Encontrou aquela linda branca, com janelas azuis, e uma linda que chorava muito.
-Vamos lá buscar sua bonequinha preta que caiu no cesto do verdureiro!
E lá foram os dois.
Quando chegaram, foi aquele abraço! Toda a choradeira passou e as duas se prometeram nunca mais se separar. Voltaram juntas para casa mas, na hora de se despedir do , ficaram com tanta pena, que o convidaram a morar com elas na linda . Ele gostou muito da idéia.
Assim, a história acaba com todos felizes, merecendo no fim um ponto de alegria bem grande!

I ARRAIAL UNIVERSITÁRIO SERVI - POLO UNIASSELVI